Fonte: Zero Hora
A senadora gaúcha Ana
Amélia Lemos pediu no dia 17/10 que o projeto de lei (PL) que estabelece em 60 dias, a
contar do diagnóstico médico, o prazo máximo para os pacientes com câncer
iniciarem pelo Sistema Único de Saúde o tratamento contra a doença seja votado
em regime de urgência. O PL 3887/97 foi aprovado pela Câmara dos Deputados em
junho passado e aguarda análise do Senado. A iniciativa da parlamentar faz
parte do movimento mundial Outubro Rosa, que busca a diminuição das taxas de
mortalidade do câncer de mama. Em Porto Alegre, a programação do evento tem
como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da detecção precoce
da enfermidade.
Além de contar com
iluminações em cor-de-rosa em prédios públicos e privados na Capital e no
Interior durante este mês, o Instituto da Mama do Estado (Imama) propõe uma
série de ações educativas com o apoio das voluntárias da entidade. “Batizadas
de ‘batalhadoras’, as mulheres que lutam diariamente para obter um tratamento
qualificado e por fazer valerem seus direitos como pacientes precisam do respaldo
da mídia e da comunidade para que os governos aprovem projetos como esse que
está parado no Senado. A proposta é de 1987. O que eles ainda têm para
analisar?”, questiona a presidente do Imama, Maira Caleffi. Segundo ela, 95%
dos casos têm cura se forem diagnosticados e tratados com agilidade.
Durante o lançamento
oficial da campanha, ontem, no Moinhos Shopping, o talk show As Batalhadoras
informou sobre o cenário atual da doença. “Cerca de 90% dos casos não são
hereditários, como se pensava. Em dois meses, um tumor pode dobrar de tamanho,
e aí a chance de cura se reduz consideravelmente”, explicou Maira. Na ocasião
foi lançada a exposição fotográfica Alma Rosa, da fotógrafa Roberta Castilhos,
com imagens de voluntárias que venceram a doença. A mostra permanece no local
até 31 de outubro.
Segundo o Imama, 33
mulheres morrem por dia por conta da enfermidade no País. O Rio Grande do Sul é
o segundo estado com maior incidência da neoplasia, e Porto Alegre segue líder
entre as capitais brasileiras nesse ranking, com 210 óbitos ao ano.
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