Cada vez mais, o impacto do consumo da
maconha na saúde pública vem ganhando atenção por parte dos
pesquisadores e autoridades. Até hoje seu uso é visto por muitos como
recreativo, o que é perigoso. Deve-se ter muita cautela ao discutir o
consumo dessa planta, que provoca danos psicológicos como a progressão
potencial para outras drogas, dependência, prejuízos no processamento de
informações, transtornos de ansiedade e psicose.
Delírio, alucinações, depressão e perda
da capacidade de raciocínio são os sintomas mais comuns da
esquizofrenia, muito semelhante às sensações proporcionadas pelo uso da
maconha. Tida pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-IV) como um transtorno psíquico severo, a doença
caracteriza-se principalmente pela alteração no contato com a realidade
(psicose) e se manifesta habitualmente na faixa etária entre 15 e 35
anos. E, de acordo com estudos da OMS, atinge 1% da população mundial.
Cerca de 7% da população brasileira já
experimentou maconha na vida, o que representa aproximadamente oito
milhões de pessoas, segundo Dados do II Levantamento Nacional de Álcool e
Drogas feito pela unidade de pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD) da
Universidade Federal de São Paulo. Pessoas com predisposição genética
para a esquizofrenia são mais suscetíveis à influência da maconha. Seu
consumo é capaz de intensificar os sintomas psicóticos desse transtorno,
intensifica o reaparecimento de crises e piorar a evolução da doença.
O uso precoce de maconha, especialmente
durante a adolescência, é um fator de risco de quadros psicóticos. A
dose e a duração do uso podem aumentar o risco de transtornos mentais.
Entre estes o pânico, a depressão maior e quadros esquizofreniformes. É
preciso precaução quando se considera a maconha menos perigosa do que
outras drogas, ainda mais quando os efeitos relacionados ao seu consumo,
tais como a psicose, vêm sendo diagnosticados cada vez mais entre seus
usuários.
FONTE: SITE JORNAL AGORA
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