Fonte: INCA
Levantamento do Instituto Nacional de
Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) revela que, pelo menos, 19 tipos de
tumores malignos, entre eles os de pulmão, pele, fígado, laringe, bexiga e
leucemias podem estar relacionados à atividade profissional e ao ambiente de trabalho
do paciente. De acordo com as estatísticas, o Brasil registrará este
ano 20 mil novos casos de câncer relacionados à ocupação dos pacientes. A
publicação está disponível no site do INCA pelo endereço www.inca.gov.br.
O levantamento, que reuniu as últimas
pesquisas mundiais sobre câncer relacionado ao trabalho, revela desde as
substâncias mais comuns associadas ao desenvolvimento de tumores malignos, como
o amianto (ou asbesto) - classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
como cancerígenas - até produtos aparentemente inofensivos, como poeiras de
madeira e de couro, além de medicamentos, como os antineoplásicos, por exemplo.
Trabalhadores de profissões como as
de cabeleireiro, piloto de avião, comissário de bordo, farmacêutico, químico e
enfermeiros são mais propensos ao desenvolvimento desses tumores, justamente
pela a estas substâncias.
“Raramente o médico pergunta ao
paciente qual a ocupação dele. É importante que os profissionais da saúde
questionem aos doentes diagnosticados com câncer qual foi a rotina laboral que
exerceram por mais tempo em suas vidas. Só assim será possível identificar e
registrar os casos de câncer relacionados ao trabalho no Sistema Nacional de
Agravos do Ministério da Saúde (Sinan)”, alerta epidemiologista Ubirani Otero,
responsável pela área de Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho e ao
Ambiente do INCA.
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