segunda-feira, 13 de maio de 2013

VIDEOGAME INTERATIVO AJUDA NA FISIOTERAPIA

   



 Nos últimos três meses, o Hospital Unimed de Criciúma (SC) utiliza um novo tipo de tratamento. Os fisioterapeutas Moisés Moraes Antunes e Morgana Lima Sombrio levaram o videogame para o ambiente hospitalar, ajudando pacientes de todas as idades. Instalado em um móvel com rodinhas, o console viaja de quarto em quarto para sessões de cerca de 30 minutos, possibilitando um tratamento eficiente e divertido.


     Os jogos interativos permitem que o paciente se exercite e também se divirta ao executar os movimentos que seriam monótonos com a fisioterapia tradicional. As sessões são acompanhadas pelos fisioterapeutas, que cuidam para que a pessoa se movimente na medida certa, sem exceder seus limites.

     — Para o paciente crônico, que está há três, quatro semanas no hospital, tudo é muito chato. A comida não tem sabor, o quarto não tem graça. Para isso, uma estratégia que procuramos na fisioterapia é o videogame — aponta o fisioterapeuta.

     Antunes conta que os movimentos das sessões com o videogame também ajudam no pós-operatório de diversos pacientes, que precisam estar ativos e saudáveis para receber alta.

Tratamento tira o foco da dor

     No momento, três pacientes fazem o tratamento. Um deles é Cleverton Griz, 50 anos, hospitalizado há seis meses devido a uma hérnia de disco. Para Griz, que toma medicação forte a cada quatro horas para suportar a dor crônica, as sessões com o videogame representam uma abençoada distração.

     — Consigo ficar 50 minutos sem focar na dor. O jogo me motiva, às vezes faço um movimento de alongamento que não faria na cama. Dá para ver que realmente funciona — conta Cleverton, fã do jogo de tênis, um dos cinco usados no tratamento (os outros são golfe, beisebol, boxe e boliche).

     Além de estar mais animado e motivado para se movimentar, Griz parou de utilizar os antidepressivos que o auxiliavam no tratamento.

Como os videogames ajudam a fisioterapia

> Novidade: permite que o paciente faça os movimentos necessários, mas de um modo mais interessante do que na fisioterapia convencional.

> Motivação: ainda que dispute contra um adversário virtual, o paciente se sente motivado a vencer e mais disposto a cumprir metas e a superar desafios.

> Bem-estar: no jogo, a pessoa se distrai, sente-se entretida e motivada, o que libera endorfinas e proporciona uma sensação prazerosa e de relaxamento.

> Sem rotina: as longas internações e doenças crônicas afetam o estado emocional do paciente, o que pode causar depressão. Um tratamento que envolva descontração ameniza o clima e a rotina associados à doença, dá ânimo e acelera a recuperação.

Fonte: Diário Catarinense

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