Estudo
mostra que, aliado a uma alimentação com baixa carga glicêmica, esses alimentos
também reduzem a pressão arterial e diminuem o risco de doença coronariana.
A dieta de baixa carga
glicêmica - baseada em alimentos que aumentam rapidamente os níveis de
açúcar no sangue, como carboidratos processados, batatas e pão branco - é
frequentemente recomendada a pacientes que sofrem de diabetes tipo 2 como
forma de ajudá-los a controlar a taxa de glicose no sangue. Um novo estudo da
Universidade de Toronto, no Canadá, mostrou que aumentar o consumo de legumes
pode promover um benefício ainda maior em relação ao controle do açúcar no
sangue e também na redução do risco de doença coronariana.
Essas conclusões, publicadas nesta
terça-feira na revista Archieves
of Internal Medicine, basearam-se nos dados de 121 pacientes com
diabetes tipo 2. Parte deles seguiu uma alimentação com baixa carga glicêmica e
com um alto consumo de legumes — os participantes foram orientados a ingerir ao
menos 190 gramas, ou uma xícara de chá, desses alimentos ao dia. O restante dos
pacientes também seguiu uma dieta com baixa carga glicêmica, mas eles foram
incentivados a aumentar a ingestão diária de fibras por meio de ingredientes
integrais.
Durante três meses, a equipe de
pesquisadores observou que, em comparação com o grupo dos alimentos ricos em
fibra, os pacientes que ingeriram mais legumes apresentaram um melhor controle
da glicose no sangue e uma maior redução da pressão arterial, embora todos os
participantes tenham demonstrado uma melhora nesses quadros.
“Em conclusão, a dieta com baixa carga
glicêmica aliada a um maior consumo de legumes é melhor para reduzir fatores de
risco que podem levar a uma doença coronariana”, escreveram os autores no
artigo. Para os pesquisadores, esses resultados podem incentivar autoridades de
saúde a promover campanhas que mostrem os benefícios do consumo de legumes.
DIETA COM BAIXA CARGA GLICÊMICA
Evita alimentos que aumentam
rapidamente as taxas de açúcar no sangue, como carboidratos processados, açúcar
branco, frutas em calda enlatadas, farinha branca, batatas e pães, por exemplo.
Dá preferência a alimentos integrais, ricos em fibras. As calorias totais são
distribuídas da seguinte forma: 40% de carboidratos; 40% de gordura; e 20% de
proteína.
DIABETES TIPO 2
Enquanto a diabetes tipo 1 ocorre pela
falta da produção de insulina, na do tipo 2 a insulina continua a ser produzida
normalmente, mas o organismo desenvolve resistência ao hormônio. É causada por
uma mistura de fatores genéticos e pelo estilo de vida: 80% a 90% das pessoas
que têm o tipo 2 da diabetes são obesas.
DOENÇA CORONÁRIA
Também chamada de coronariopatia, é
uma frequente doença cardiovascular na qual o transporte que leva o sangue ao
músculo cardíaco está bloqueado parcial ou completamente. É provocada pelo
depósito de colesterol e outras gorduras nas paredes das artérias coronárias.
Embora atinja os dois sexos, acomete os homens em geral dez anos mais cedo e,
geralmente, acomete as mulheres após a menopausa. Idade avançada, pertencer ao
sexo masculino, e ter histórico familiar na doença na família são alguns dos
fatores de risco do problema, que também envolvem hábitos de vida, como tabagismo,
má alimentação, sedentarismo e obesidade.
Fonte:
Veja
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