Fonte: Folha de SP
A pesquisa
envolveu cerca de 900 homens com 54 anos em média, sobrepeso e pré-diabetes.
Cerca de um quarto desses homens tinham baixos níveis de testosterona (abaixo
de 300 nanogramas por decilitro) quando começou o estudo. Foram excluídos
aqueles que já tinham diagnóstico de hipogonadismo (deficiência funcional nas
glândulas) ou tomavam medicamentos que poderiam influenciar nos níveis do
hormônio. Baixos níveis
de testosterona são relacionados à redução do desejo sexual e do número de
espermatozóides e ao aumento das mamas.
"Os
médicos devem encorajar os homens com sobrepeso e com baixos níveis de
testosterona a tentar perder peso antes de recorrer à reposição hormonal",
disse Frances Hayes, médico e coautor do trabalho, ao site de divulgação
científica "Science Daily".
Para fazer o
estudo, que durou um ano, os pesquisadores dividiram os voluntários em três
grupos: o primeiro participou de um programa de exercícios (150 minutos de
atividade por semana) e dieta, o segundo recebeu drogas para diabetes e o
terceiro tomou placebos.
O grupo que
modificou o estilo de vida perdeu em média 7,8 quilos em um ano e teve um
aumento nos níveis de testosterona proporcional à diminuição do peso corporal e
da circunferência da cintura. A incidência de homens com baixos níveis do
hormônio caiu de 20% para 11% --uma redução de 50%. Não houve alterações
significativas nos grupos que tomaram medicamentos ou placebos.
O diagnóstico pode ser
realizado por um clínico-geral ou ginecologista em qualquer Unidade Básica de
Saúde. “É importante que o diagnóstico seja feito precocemente porque o excesso
de hormônios masculinos causa sofrimento e redução da autoestima, por causa do
aumento de pêlos no rosto e queda de cabelo, por exemplo. E se essas pacientes
não têm diagnóstico precoce, elas costumam desenvolver depressão, ansiedade,
baixa autoestima. E toda essa fragilidade psicológica vai fazer com que seja
mais difícil para essa mulher mudar hábitos de vida”, explica Luciana.
A síndrome não tem cura,
mas pode ser tratada e controlada ao longo da vida por meio de medicamentos. “O
mais simples é com pílula anticoncepcional, que para muitas pacientes com a
versão mais branda da síndrome, é suficiente. Todo o tratamento é oferecido
pelo Sistema Único de Saúde.
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