sexta-feira, 13 de julho de 2012

Perda de peso aumenta níveis de testosterona em homens, diz estudo


Fonte: Folha de SP

A pesquisa envolveu cerca de 900 homens com 54 anos em média, sobrepeso e pré-diabetes. Cerca de um quarto desses homens tinham baixos níveis de testosterona (abaixo de 300 nanogramas por decilitro) quando começou o estudo. Foram excluídos aqueles que já tinham diagnóstico de hipogonadismo (deficiência funcional nas glândulas) ou tomavam medicamentos que poderiam influenciar nos níveis do hormônio. Baixos níveis de testosterona são relacionados à redução do desejo sexual e do número de espermatozóides e ao aumento das mamas.

"Os médicos devem encorajar os homens com sobrepeso e com baixos níveis de testosterona a tentar perder peso antes de recorrer à reposição hormonal", disse Frances Hayes, médico e coautor do trabalho, ao site de divulgação científica "Science Daily".

Para fazer o estudo, que durou um ano, os pesquisadores dividiram os voluntários em três grupos: o primeiro participou de um programa de exercícios (150 minutos de atividade por semana) e dieta, o segundo recebeu drogas para diabetes e o terceiro tomou placebos.

O grupo que modificou o estilo de vida perdeu em média 7,8 quilos em um ano e teve um aumento nos níveis de testosterona proporcional à diminuição do peso corporal e da circunferência da cintura. A incidência de homens com baixos níveis do hormônio caiu de 20% para 11% --uma redução de 50%. Não houve alterações significativas nos grupos que tomaram medicamentos ou placebos.
 
O diagnóstico pode ser realizado por um clínico-geral ou ginecologista em qualquer Unidade Básica de Saúde. “É importante que o diagnóstico seja feito precocemente porque o excesso de hormônios masculinos causa sofrimento e redução da autoestima, por causa do aumento de pêlos no rosto e queda de cabelo, por exemplo. E se essas pacientes não têm diagnóstico precoce, elas costumam desenvolver depressão, ansiedade, baixa autoestima. E toda essa fragilidade psicológica vai fazer com que seja mais difícil para essa mulher mudar hábitos de vida”, explica Luciana.

A síndrome não tem cura, mas pode ser tratada e controlada ao longo da vida por meio de medicamentos. “O mais simples é com pílula anticoncepcional, que para muitas pacientes com a versão mais branda da síndrome, é suficiente. Todo o tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário