A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge principalmente crianças de até 5 anos. É transmitida pelo poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local favorecem a transmissão.
Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Mas, apesar de o país não ter registro de casos há 23 anos, é importante manter campanhas de vacinação anuais porque o poliovírus, causador da enfermidade, pode ser reintroduzido em território nacional. No período entre 2007 e 2012, 35 países registraram casos de poliomielite, sendo que três desses ainda são considerados endêmicos: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Por isso, o Ministério da Saúde lançou na manhã de hoje a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite.
No próximo sábado (16), todas as crianças menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) devem tomar as duas gotinhas contra a paralisia infantil. Na ação para o “Dia D” de mobilização nacional, 115 mil postos em todo o país funcionarão, das 9h às 17h. Além das unidades permanentes, shopping centers, rodoviárias, escolas, entre outros locais, vão receber postos móveis. Cerca de 350 mil pessoas estarão envolvidas na campanha, com a utilização de 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Jarbas Barbosa, a meta é vacinar 14.148.182 crianças, independentemente de terem sido vacinadas anteriormente. “Enquanto não houver eliminação global do vírus, manteremos a vacinação. Essa é uma vacina oral que imuniza não só o vacinado, mas todos que têm contato com ele, pois cria-se uma barreira natural do vírus”, destacou o secretário. Serão distribuídas 23 milhões de doses da vacina oral. Além disso, o secretário Jarbas Barbosa lembrou a importância da caderneta de vacinação. “Quem tem caderneta, deve levar junto com a criança. Quem não tem, leva a criança mesmo assim”, disse.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou que o calendário de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) está mantido e explicou como funcionará à vacina injetável contra a pólio. “A vacina injetável será introduzida a partir de agosto, para crianças que receberão a 1a dose. Antes, a criança tomava duas gotinhas aos dois meses, aos quatro meses, aos seis meses e aos 15 meses de idade, além das doses durante as campanhas nacionais de vacinação. A partir do segundo semestre deste ano, ela tomará a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira (6 meses) e quarta doses (15 meses) e reforços continuarão a ser feita com a vacina oral, quando a criança receberá as duas gotinhas”, detalhou.
A vacina contra a pólio é segura. Ela se destina a todas crianças menores de cinco anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarréia. No caso de crianças que sofrem de doenças graves, recomenda-se que os pais consultem profissionais nos postos e centros de saúde, para serem avaliadas se devem ou não tomar a vacina. Crianças com febre acima de 38º Celsius, ou com alguma infecção também devem ser avaliadas por um médico.
Fonte: Mônica Plaza / Blog da Saúde
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