terça-feira, 1 de maio de 2012

Planejamento familiar: fazendo de um direito humano fundamental uma realidade



Fonte: UNFPA

Desde o final dos anos 60, a comunidade internacional proclamou o direito da pessoa ao planejamento familiar, que é o direito de decidir se, quando e quantas vezes essa pessoa terá filhos, bem como os meios para exercer tal direito humano. Isso inclui acesso aos cuidados de saúde reprodutiva, contraceptivos, informação, insumos e serviços.

Apesar disso, no mundo em desenvolvimento ainda existem cerca de 215 milhões de mulheres que desejam adiar ou evitar a próxima gravidez, mas não conseguem exercer este direito por não terem acesso a contraceptivos modernos, o que resulta em gravidezes indesejadas, abortos inseguros e mais de 100.00 mortes maternas.

O uso de contraceptivos modernos entre adolescente é geralmente baixo, e diminui conforme o status econômico. Menos de 5% dos pobres mais jovens utilizam esses métodos. Em muitos casos, adolescentes não tem acesso às informações precisas sobre contraceptivos e seus efeitos colaterais. Entre as mulheres que estão casadas ou em um relacionamento, as necessidades não atendidas por contraceptivos são maiores na faixa etária de 15 a 24 anos.  

Estima-se que a procura por contraceptivos modernos deve aumentar em até 30% nos próximos 15 anos, e os investimentos necessários para atender à demanda são grandes. Não obstante, em uma perspectiva nacional, o acesso universal ao planejamento familiar é um componente crítico para o desenvolvimento e os benefícios esperados em retorno são muito maiores. Prover informações sobre métodos contraceptivos e serviços como parte dos cuidados com a saúde sexual e reprodutiva pode reduzir drasticamente as gravidezes não desejadas de 75 milhões para 22 milhões por ano. Isso pode diminuir os abortos inseguros de 20 milhões para 5,5 milhões por ano, e diminuir as mortes maternas em um terço.

Negar às mulheres a possibilidade e os meios para controlar o número e o espaçamento de seus filhos e filhas é negar seu direito à saúde, à vida e à igualdade de oportunidades. O Século XXI precisa entrar para a história como o momento em que isso acabou. Cabe a cada um de nós ajudarmos a acelerar o progresso.

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