Fonte: UNFPA
Desde o final
dos anos 60, a comunidade internacional proclamou o direito da pessoa ao
planejamento familiar, que é o direito de decidir se, quando e quantas vezes
essa pessoa terá filhos, bem como os meios para exercer tal direito humano.
Isso inclui acesso aos cuidados de saúde reprodutiva, contraceptivos,
informação, insumos e serviços.
Apesar disso,
no mundo em desenvolvimento ainda existem cerca de 215 milhões de mulheres que
desejam adiar ou evitar a próxima gravidez, mas não conseguem exercer este
direito por não terem acesso a contraceptivos modernos, o que resulta em
gravidezes indesejadas, abortos inseguros e mais de 100.00 mortes maternas.
O uso de
contraceptivos modernos entre adolescente é geralmente baixo, e diminui
conforme o status econômico. Menos de 5% dos pobres mais jovens utilizam esses
métodos. Em muitos casos, adolescentes não tem acesso às informações precisas
sobre contraceptivos e seus efeitos colaterais. Entre as mulheres que estão
casadas ou em um relacionamento, as necessidades não atendidas por
contraceptivos são maiores na faixa etária de 15 a 24 anos.
Estima-se que
a procura por contraceptivos modernos deve aumentar em até 30% nos próximos 15
anos, e os investimentos necessários para atender à demanda são grandes. Não
obstante, em uma perspectiva nacional, o acesso universal ao planejamento
familiar é um componente crítico para o desenvolvimento e os benefícios
esperados em retorno são muito maiores. Prover informações sobre métodos
contraceptivos e serviços como parte dos cuidados com a saúde sexual e
reprodutiva pode reduzir drasticamente as gravidezes não desejadas de 75
milhões para 22 milhões por ano. Isso pode diminuir os abortos inseguros de 20
milhões para 5,5 milhões por ano, e diminuir as mortes maternas em um terço.
Negar às
mulheres a possibilidade e os meios para controlar o número e o espaçamento de
seus filhos e filhas é negar seu direito à saúde, à vida e à igualdade de
oportunidades. O Século XXI precisa entrar para a história como o momento em
que isso acabou. Cabe a cada um de nós ajudarmos a acelerar o progresso.
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