Fonte: Manuela Minns
Se os pais vêm uma atitude errada da criança, não precisam bater nem
gritar. Cris Poli sugere que eles interrompam a ação e coloquem a criança
sentada em um cantinho predeterminado, que pode ser o degrau de uma escada ou um
tapetinho. A intenção é que ela pare e pense sobre o que está acontecendo.
Conforme a criança vai crescendo, o cantinho da disciplina já não faz
mais sentido, pois ela se acostuma a entender as consequências de seus atos.
Aí, deixar sem TV ou videogame pode ser uma boa medida. Mas novamente, a
criança deve entender claramente que estas privações são consequência de suas
atitudes. “Não é a mãe que deixa sem TV, mas a conduta ruim da própria criança.
É preciso mudar o foco”, alerta Cris Poli.
Para a pedagoga Teca Antunes, sempre que possível, a criança deve ser
envolvida na remediação do seu ato. Se ela riscou a parede, deve ajudar o
adulto a limpá-la. Lúcia, 6 anos, filha de Clara Zito, 32, adora brincar na
banheira e muitas vezes exagera na diversão. A menina já participou algumas
vezes da arrumação dos brinquedos e das toalhas do banheiro. “Ela reclama um
pouco, faz manha, mas acaba ajudando, não tem escolha”, diz a mãe.
“Não há dúvida de que castigo funciona, mas não é necessariamente a
melhor forma de ter uma relação de respeito com os filhos. Eu prefiro confiar
que a criança seja inteiramente capaz de fazer o que é pedido e depois esperar
até que ela perceba que não têm outra opção senão fazer o que é dito”, explica
a educadora Diane Levy.
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