Fonte: O Estado de S. Paulo
Acaba de
nascer o primeiro bebê brasileiro selecionado geneticamente em laboratório de
maneira a não carregar um gene doente e de ser totalmente compatível com a irmã
- que sofre de talassemia major, uma doença rara do sangue e que se não for
tratada corretamente pode levar à morte.
Maria Clara
Reginato Cunha, de apenas quatro dias, nasceu no Hospital São Luiz para salvar
a vida de Maria Vitória, que tem 5 anos e convive com transfusões sanguíneas a
cada três semanas e toma uma medicação diária para reduzir o ferro no organismo
desde os 5 meses.
Nos pacientes
com talassemia major a mais grave e a que realmente precisa de tratamento, a
medula óssea produz menos glóbulos vermelhos e, consequentemente, não consegue
fabricar sangue na frequência necessária, podendo causar anemias graves. No
Brasil, são pouco mais de 700 pessoas com a doença.
Artur Dzik,
presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, também considera o
nascimento de Maria Clara uma conquista. "É mais um avanço da ciência na
área da medicina reprodutiva que só veio para o bem. É uma forma de medicina
preventiva", disse.

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