09/01/2012 - Agência Brasil
Brasília - O ano de 2012 pode ser um marco na luta contra o
tabagismo no Brasil. As alterações provocarão a elevação gradual do Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI) incidentes sobre o maço a partir de maio
deste ano. Os aumentos continuarão até 2015. 
Isso porque, o alto preço acaba não só atingindo o consumidor, que
pode reduzir o consumo ou pensar em parar de fumar, mas os jovens, que deixam
de ter acesso ao produto fácil e barato. “Com o produto barato, eles têm mais
facilidade em começar do que se o produto não for tão acessível economicamente.
Então, apoiamos totalmente a nova legislação. Deu certo em outros países e a
gente espera um repercussão positiva no Brasil”, destacou a psicóloga Mônica
Andreis, vice-diretora da organização não governamental Aliança de Controle do
Tabagismo (ACT)
A proibição do fumo em ambientes fechados de acesso público em
todo o país também é considerada uma medida positiva pela representante da ACT.
Embora alguns estados já viessem adotando a proibição nesses locais, chamados
de fumódromos, a sanção da lei pela presidenta Dilma amplia a medida para todo
o país. Para a ACT, a decisão vai proteger, inclusive, os trabalhadores de
casas noturnas que, em muitas cidades, estão expostos à fumaça do cigarro e são
fumantes passivos, com risco de contrair doenças.
Outra medida importante é a proibição da publicidade, como
cartazes e painéis, nos pontos de venda de cigarro. Para Mônica Andreis, a
propagando estimula o consumo. “Quem trabalha com tabagismo, quem trabalha com
saúde pública, entende que esse é um produto que não deveria ter o consumo
estimulado. Sabemos que o tabagismo é uma droga que não causa só doença, mas
dependência”, acrescentou.
 

 
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