sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Número de infartos em jovens com menos de 30 anos cresce 12%




09/01/2012 – O Dia

Em 2011 foram 589 casos contra 526 no ano passado

Rio - Um coração infartado antes dos 30 anos de idade, em maioria dos casos, bate no peito de um homem, estressado, fumante, sedentário e com hábitos alimentares nada saudáveis. Este coquetel de fatores de risco, define o diretor da Sociedade de Cardiologia de São Paulo (Socesp) Rui Ramos, é a locomotiva para os infartos na faixa-etária entre 15 e 29 anos terem crescido 12% no último ano.

Levantamento feito no banco de dados dos hospitais públicos e privados do Brasil – chamado DataSus - mostra que entre janeiro e setembro de 2011 (último mês disponível) foram 589 internações por infarto neste recorte etário. No mesmo período de 2010, estão registradas 526 notificações.

São Paulo (160 casos), Minas Gerais (86), Rio de Janeiro (59) e Rio Grande do Sul (39) lideram o ranking de Estados com o maior número de pacientes acometidos, mais um indício de que as panes cardíacas precoces são impulsionadas pelo comportamento nocivo típico das grandes metrópoles.

Ramos ressalta que os genes ruins - passados de geração para geração - influenciam na pane cardíaca precoce. Mas se tiver que escolher um vilão para aproximar o infarto antes do 30º aniversário, o médico fala sem titubear que o nome dele é cigarro.

“Temos estudos contundentes que mostram que entre os jovens infartados, 90% deles fumam. Já entre os maiores de 50 anos que passam pelo mesmo processo, metade é tabagista”, afirma o diretor da Socesp. “É o fator de risco mais encontrado. Quem não para de fumar, não adere uma alimentação balanceada e permanece na categoria sedentário tem o risco ampliado em três vezes de sofrer um novo infarto. A segunda vez, dizem os especialistas nem sempre se configura como uma segunda chance de sobrevivência.

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