09/01/2012 – O Dia
Em 2011 foram 589 casos contra 526 no ano passado
Rio - Um coração infartado antes dos 30 anos de idade, em maioria
dos casos, bate no peito de um homem, estressado, fumante, sedentário e com
hábitos alimentares nada saudáveis. Este coquetel de fatores de risco, define o
diretor da Sociedade de Cardiologia de São Paulo (Socesp) Rui Ramos, é a
locomotiva para os infartos na faixa-etária entre 15 e 29 anos terem crescido
12% no último ano.
Levantamento feito no banco de dados dos hospitais públicos e privados
do Brasil – chamado DataSus - mostra que entre janeiro e setembro de 2011
(último mês disponível) foram 589 internações por infarto neste recorte etário.
No mesmo período de 2010, estão registradas 526 notificações.
São Paulo (160 casos), Minas Gerais (86), Rio de Janeiro (59) e
Rio Grande do Sul (39) lideram o ranking de Estados com o maior número de
pacientes acometidos, mais um indício de que as panes cardíacas precoces são
impulsionadas pelo comportamento nocivo típico das grandes metrópoles.
Ramos ressalta que os genes ruins - passados de geração para
geração - influenciam na pane cardíaca precoce. Mas se tiver que escolher um
vilão para aproximar o infarto antes do 30º aniversário, o médico fala sem
titubear que o nome dele é cigarro.
“Temos estudos contundentes que mostram que entre os jovens
infartados, 90% deles fumam. Já entre os maiores de 50 anos que passam pelo
mesmo processo, metade é tabagista”, afirma o diretor da Socesp. “É o fator de
risco mais encontrado. Quem não para de fumar, não adere uma alimentação balanceada e permanece na categoria sedentário tem o risco ampliado em três vezes de sofrer um novo infarto. A segunda vez, dizem os especialistas nem sempre se configura como uma segunda chance de sobrevivência.”
 

 
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