Portal da Saúde – 04/01/12
Hemofílicos assistidos pelo Sistema
Único de Saúde têm garantida a chamada Terapia de Indução de Imunotolerância
para o tratamento da hemofilia do tipo A. O procedimento consiste no uso de
medicamentos que eliminam os inibidores de Fator VIII, que atua na coagulação
sanguínea.
A Terapia de Indução de
Imunotolerância é indicada para pacientes com até dez anos de idade e que
tenham tido este tipo de ocorrência por mais de seis meses ou, ainda,
identificado o chamado “inibidor de alta resposta” por meio de exame
laboratorial.
ASSISTÊNCIA – Para garantir a oferta pelo SUS de 150 milhões de unidades de UI (Unidades
Internacionais) de Fator VIII utilizados na Terapia de Indução de
Imunotolerância, o Ministério da Saúde investiu R$ 26 milhões na aquisição dos
produtos. Para ter acesso ao tratamento, os pacientes precisam estar
cadastrados em um dos 35 Centros de Tratamento de Hemofilia (CTH) do país, onde
recebem orientação e acompanhamento médico para a obtenção e utilização do
medicamento.
AÇÔES – Outra medida direcionada à melhoria da saúde e da
qualidade de vida dos hemofílicos assistidos pelo SUS foi coordenada pelo
Ministério da Saúde no último mês de dezembro, quando o governo federal passou
a oferecer a chamada Profilaxia Primária para o tratamento de hemofilia grave
dos tipos A e B.
O procedimento preventivo à doença é
indicado para pacientes com até 3 anos de idade que tenham tido até uma
ocorrência de sangramento ou hemorragia da articulação (hemartrose). O
tratamento profilático é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e
que consiste no uso de medicamento (hemoderivado) para a reposição do Fator de
Coagulação VIII no organismo, previne lesões nas articulações (artropatias)
como também diminui a possibilidade de sangramentos.
Atualmente, 15 mil portadores da
doença são assistidos pela rede pública de saúde (recebem medicamentos pelo
SUS, incluindo aqueles que possuem convênios e planos de saúde ou que recorrem
ao sistema privado de saúde). Deste total de pacientes, 10.464 mil são cadastrados
como hemofílicos A e B.

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