A discussão sobre o modelo
assistencial requer dos profissionais de saúde a superação do modelo hegemônico
centrado na doença, para construir um pensar e um fazer sustentado na produção
social do processo saúde-doença. Assim, a formulação de políticas e estratégias
de mudança nos modelos de atenção deve tomar como ponto de partida a
identificação e a análise dos problemas e necessidades de saúde contemporâneas
da população e deve ser centrada no usuário e no cuidado (TEIXEIRA, 2002).
No entanto, com o advento da Estratégia de Saúde da Família - ESF a
assistência domiciliar constitui uma atividade básica a ser realizada em
Atenção Primária à Saúde para responder às necessidades de assistência de
pessoas que, de forma temporária ou permanente, estão incapacitadas para deslocarem-se
aos serviços de saúde. A intervenção deste atendimento faz-se de forma
diferenciada por todos os componentes da equipe de saúde, estando a
resolutividade relacionada com a sua composição.
Entendemos a visita domiciliar (VD)
como uma grande possibilidade de atendimento domiciliário junto às famílias,
que favorece a avaliação das demandas desses clientes, bem como do ambiente em
que vivem. Momento de promoção da saúde, surge como uma oportunidade de
estabelecimento de um plano assistencial voltado à recuperação e ao
autocuidado. Essas visitas são realizadas por vários profissionais de diversas
áreas, como médicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas, nutricionista, psicologo, educador físico que atuam
conjuntamente, prestando assistência e compartilhando responsabilidades (GRAGARANO, 2004).
FONTE:
GARGARANO F. et al. Internação domiciliária: uma experiência no sul do Brasil. Rev. AMRIGS, [s.l], v. 48, n. 2, p. 90-94, 2004.
TEIXEIRA, C. F. Modelos de atenção para a qualidade, efetividade, equidade e necessidades prioritárias em saúde. In: TEIXEIRA, C. F; PAIM, J. S; VILABOAS, A. L. Promoção e vigilância da saúde. Salvador: Instituto de saúde coletiva, [s.l], p. 79-99, 2002.
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