A ortorexia
nervosa é ainda pouco conhecida, mas vale saber mais sobre essa doença.
“O termo descreve um comportamento obsessivo patológico caracterizado
pela fixação por saúde alimentar, qualidade dos alimentos e pureza da dieta
acarretando restrições alimentares significativas.
Vale ressaltar
que o próprio conceito de ortorexia nervosa tem sido alvo de discussão nos
meios científicos, o que impossibilita o detalhamento do quadro de modo
completamente claro”, relata Lara Luiza Soares de Souza, psicóloga do Hospital
Israelita Albert Eisntein.
Indivíduos com comportamento
ortoréxico podem tornar-se muito seletivos em relação aos alimentos que
escolhem. Dessa forma, acabam optando por condutas alimentares cada vez mais
restritivas que podem levar à carência de determinados nutrientes, colocando em
risco a própria saúde.
Com o tempo,
passam a dedicar cada vez mais tempo para planejar, comprar, preparar e
confeccionar os alimentos que vão consumir. Desse modo, despendem muito tempo e
esforço em torno do ato de comer.
Esse
comportamento pode também começar de modo inocente, com o desejo de curar ou
prevenir doenças crônicas e melhorar o estado de saúde. E requer considerável
autodisciplina e autocontrole para seguir a dieta, que difere radicalmente dos
hábitos alimentares adquiridos na infância, do estilo de vida da sociedade e da
cultura que o rodeia. “O conceito e a adoção de hábitos saudáveis e seguros na
alimentação devem estar afastados de atitudes e práticas obsessivas e
perfeccionistas, ainda que elas sejam motivadas por um desejo de alcançar a
pureza da dieta a qualquer custo” afirma a psicóloga.
Associado a
este comportamento pode haver outros como o desprezo pelos que não seguem os
mesmos “padrões elevados” de alimentação, a obsessão, a solidão, o evitar a
prática social das refeições, a insatisfação com a própria condição e a
autoimposição para tentar esclarecer outros acerca dos alimentos “saudáveis”, o
que pode acarretar em prejuízos do ponto de vista social e de saúde mental.
Fonte: Blog de Saúde
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