terça-feira, 7 de maio de 2013

Pé diabético: 10 coisas que você precisa saber

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Recentemente você notou uma perda de sensibilidade nos pés? Formigamentos, dormência ou queimação? Caso, você seja portador de diabetes e se identificou com esses sintomas, não hesite em procurar o seu médico. Esses fatores correspondem ao pé diabético, uma doença que pode ser controlada e evitada.
De acordo com o angiologista Ary Elwing (CRM-22.946), especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser, muitas pessoas com diabete apresentam problemas de diminuição de circulação arterial e sensibilidade nos pés e pernas.
“A má circulação nos pés e o enfraquecimento na pele podem causar ferimentos que demoram a cicatrizar. Além disso, pode interferir na sensação de calor e pressão sobre os pés, provocando deformidades e calos”, explica o médico.
O diabete é causa de 50% das amputações de origem não traumáticas sem ser provocada por acidentes. Os primeiros sinais de falta de circulação nos dedos dos pés são unhas e dedos roxos em dias de frio.
“Não hesite em procurar o médico sempre que você notar o pé frio e úmido ou alguma alteração na cor da pele”,destaca o angiologista Ary Elwing.
Atenção redobrada com os pés
O pé diabético é causado pelas alterações de neuropatia, úlceras, infecções, isquemia ou trombose. Essas doenças aparecem quando as taxas de glicose permanecem altas durante muitos anos. Se não for tratado, o pé pode ser amputado.
“É preciso examinar os pés todos os dias, principalmente as pessoas portadoras de diabete 1 e 2. Essa vigilância pode prevenir o calo nos pés, úlceras ou qualquer outro problema visível. Manter um bom fluxo sanguíneo ajuda a evitar infecções”, esclarece o médico Ary Elwing.
Como tratar?
Além da avaliação médica periódica, é imprescindível manter o nível da glicemia controlado e realizar assepsia adequada nos pés. Dependendo da gravidade, o tratamento clínico é o mais indicado.
“O procedimento cirúrgico consiste na realização de uma drenagem cirúrgica para remover o tecido necrosado. Caso, a parte necrosada for extensa, é necessário ser tratada com urgência pois pode levar fazer a amputação ”, revela o médico Ary Elwing.
É possível prevenir?
A prevenção e o controle do nível de glicemia é a melhor maneira de amenizar os sintomas do pé diabético. É importante também fazer caminhadas com regularidade, ou outro tipo de exercício físico.
“O paciente deve examinar os pés diariamente em um lugar bem iluminado para verificar a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras e feridas. Assim, que notar alguma alteração, o paciente deve procurar imediatamente o médico”, alerta o médico Ary Elwing.
Cuidados diários com o pé diabético
O angiologista Ary Elwing elaborou dez dicas para você aprender a cuidar melhor do seu pé, com o intuito de evitar o aparecimento de futuras lesões:
1- Alerta aos sintomas
Formigamentos, perda da sensibilidade, dores, queimação nos pés e nas pernas, sensação de agulhadas, dormência e fraqueza nas pernas, podem piorar à noite.
2- Portadores de diabetes
Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 devem passar, regularmente, por uma avaliação médica dos pés.
3- Examine o seu pé
Examine os pés diariamente. Procure por frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor. Uma dica é usar um espelho para ter uma visão completa.
4- Mantenha os pés limpos
É preciso manter os pés sempre limpos, e usar sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras. A toalha deve ser macia e não esfregue a pele.
5- Pés hidratados
Mantenha a pele hidratada. Evite passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas.
6- Meias sem costura
Escolha as meias sem costura. O tecido deve ser algodão ou lã. Evitar sintéticos, como nylon.
7- Cuidado na hora de cortar as unhas
Antes de cortar as unhas, lave e seque bem os pés. Use um alicate apropriado ou uma tesoura de ponta arredondada. O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula.
8- Pés protegidos
Lave os pés todos os dias, durante dois ou três minutos, usando sabonete neutro e água térmica.
9- Calos
O ideal é não cortar os calos, nem usar abrasivos. É melhor conversar com o médico sobre a possível causa do aparecimento dos calos.
10- Calçados
Os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Não utilize calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios.

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