sábado, 27 de abril de 2013

O PERIGO DA HIPERTENSÃO NA GRAVIDEZ




A hipertensão é a principal complicação na gravidez e a maior causa de mortalidade materna. Define-se hipertensão na gravidez níveis pressóricos iguais ou superiores a 140x90mmHg ou um aumento de 30mmHg e 15mmHg nas pressões sistólicas e diastólicas, respectivamente. Existem quatro formas distintas de hipertensão que podem complicar a gravidez: pré-eclâmpsia/eclâmpsia, hipertensão crônica, pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica e hipertensão gestacional.

À primeira forma citada acima, é a mais comum e oferece grande risco à mulher grávida e ao feto.

Pré-eclâmpsia/eclâmpsia: doença hipertensiva específica à gravidez humana. Neste caso, quando a mulher engravida, sua pressão, que era normal, sobe. Terminada a gravidez, porém, o problema desaparece. Além disso, é acompanhada por outras características: proteinúria (perda de proteínas na urina), edema generalizado e, às vezes, alterações da coagulação e da função hepática. Ocorre, após o quarto ou quinto mês, e sua evolução é imprevisível, mesmo quando a pressão está levemente elevada, representando grande risco para a mãe e o feto.
A pré-eclâmpsia pode progredir para eclâmpsia (convulsão), que é quando a pressão aumenta muito e, em decorrência disso, diminui o fluxo de sangue que vai para o cérebro. A ocorrência desta forma mais grave pode ser evitada antecipando-se o parto, ou seja, na iminência de um quadro grave, não se espera as 40 semanas de gestação. A gravidez é interrompida e a mulher estará curada, pois a interrupção da gravidez é considerada a única forma de cura efetiva da pré-eclâmpsia.

Hipertensão Crônica: este caso se refere a mulheres que apresentam hipertensão antes da gravidez ou do quarto mês gestacional. Também pode ser considerada hipertensão crônica o aumento de pressão diagnosticado em qualquer fase da gravidez e que persiste além de seis semanas após o parto. A grande maioria das mulheres com hipertensão crônica na gravidez apresenta discreta elevação da pressão arterial e, portanto, os riscos de complicações vasculares durante a gestação são pequenos. O grande problema neste caso é o de desenvolver pré-eclâmpsia superajuntada, pois pacientes com hipertensão crônica têm maiores chances de desenvolver esta outra forma de hipertensão que pode complicar a gestação.

Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica: ocorre quando a mulher é hipertensa e ainda desenvolve pré-eclâmpsia durante a gravidez. Neste caso, o prognostico para a mãe e o feto é pior do que qualquer uma das condições isoladamente.

Hipertensão gestacional: é quando ocorre elevação da pressão arterial durante a gravidez ou nas primeiras 24 horas após o parto, sem outros sinais de pré-eclâmpsia ou hipertensão crônica.

Diante disso, podemos perceber o quanto é importante ter um acompanhamento médico durante toda a gestação. Várias doenças podem ocorrer durante este período e a maioria delas pode ser evitada se for diagnosticada precocemente, como é o caso da eclâmpsia. No Brasil, a taxa da mortalidade materna é uma das piores do mundo, e isso se deve ao fato de que grande parte das mulheres grávidas não faz o pré-natal corretamente.

        Nas minhas pesquisas, encontrei também este vídeo sobre a hipertensão na gravidez. É uma entrevista conduzida pelo Dr. Drauzio Varella, na qual o Dr. Galleta fala sobre este assunto. O vídeo apresenta, de forma simples, aspectos como as recomendações para as pacientes com pré-eclâmpsia, as mulheres mais vulneráveis à hipertensão, o risco de reincidência, características e sintomas, entre outros. 

FONTE: Bebe.com.br

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