A hipertensão é a principal complicação na gravidez
e a maior causa de mortalidade materna. Define-se hipertensão na gravidez
níveis pressóricos iguais ou superiores a 140x90mmHg ou um aumento de 30mmHg e 15mmHg
nas pressões sistólicas e diastólicas, respectivamente. Existem quatro formas
distintas de hipertensão que podem complicar a gravidez:
pré-eclâmpsia/eclâmpsia, hipertensão crônica, pré-eclâmpsia sobreposta à
hipertensão crônica e hipertensão gestacional.
À primeira forma citada acima, é a mais comum e
oferece grande risco à mulher grávida e ao feto.
Pré-eclâmpsia/eclâmpsia: doença
hipertensiva específica à gravidez humana. Neste caso, quando a mulher
engravida, sua pressão, que era normal, sobe. Terminada a gravidez, porém, o
problema desaparece. Além disso, é acompanhada por outras características:
proteinúria (perda de proteínas na urina), edema generalizado e, às vezes,
alterações da coagulação e da função hepática. Ocorre, após o quarto ou quinto
mês, e sua evolução é imprevisível, mesmo quando a pressão está levemente
elevada, representando grande risco para a mãe e o feto.
A pré-eclâmpsia pode progredir para eclâmpsia
(convulsão), que é quando a pressão aumenta muito e, em decorrência disso,
diminui o fluxo de sangue que vai para o cérebro. A ocorrência desta forma mais
grave pode ser evitada antecipando-se o parto, ou seja, na iminência de um
quadro grave, não se espera as 40 semanas de gestação. A gravidez é
interrompida e a mulher estará curada, pois a interrupção da gravidez é
considerada a única forma de cura efetiva da pré-eclâmpsia.
Hipertensão Crônica: este
caso se refere a mulheres que apresentam hipertensão antes da gravidez ou do
quarto mês gestacional. Também pode ser considerada hipertensão crônica o
aumento de pressão diagnosticado em qualquer fase da gravidez e que persiste
além de seis semanas após o parto. A grande maioria das mulheres com
hipertensão crônica na gravidez apresenta discreta elevação da pressão arterial
e, portanto, os riscos de complicações vasculares durante a gestação são
pequenos. O grande problema neste caso é o de desenvolver pré-eclâmpsia
superajuntada, pois pacientes com hipertensão crônica têm maiores chances de
desenvolver esta outra forma de hipertensão que pode complicar a gestação.
Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica: ocorre
quando a mulher é hipertensa e ainda desenvolve pré-eclâmpsia durante a
gravidez. Neste caso, o prognostico para a mãe e o feto é pior do que qualquer
uma das condições isoladamente.
Hipertensão gestacional: é quando
ocorre elevação da pressão arterial durante a gravidez ou nas primeiras 24
horas após o parto, sem outros sinais de pré-eclâmpsia ou hipertensão crônica.
Diante disso, podemos perceber o quanto é
importante ter um acompanhamento médico durante toda a gestação. Várias doenças
podem ocorrer durante este período e a maioria delas pode ser evitada se for
diagnosticada precocemente, como é o caso da eclâmpsia. No Brasil, a taxa da
mortalidade materna é uma das piores do mundo, e isso se deve ao fato de que
grande parte das mulheres grávidas não faz o pré-natal corretamente.
Nas minhas pesquisas, encontrei também este vídeo
sobre a hipertensão na gravidez. É uma entrevista conduzida pelo Dr. Drauzio
Varella, na qual o Dr. Galleta fala sobre este assunto. O vídeo apresenta, de
forma simples, aspectos como as recomendações para as pacientes com
pré-eclâmpsia, as mulheres mais vulneráveis à hipertensão, o risco de
reincidência, características e sintomas, entre outros.
FONTE: Bebe.com.br
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