Fonte: O Estado de S. Paulo
Um acordo
divulgado ontem pretende disciplinar as relações entre médicos e indústria
farmacêutica no País. O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação da
Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) assinaram um protocolo para
diminuir a influência de brindes e viagens na conduta clínica dos profissionais
de saúde.
Durante as
discussões, o presidente do CFM, Roberto D"Ávila, chegou a defender a
total proibição de que as empresas paguem viagens para os médicos. "Não
tenho receio de admitir que mudei de opinião", afirma D"Ávila.
"Minha posição se identificou com a tendência mundial que não é proibir totalmente,
mas buscar limites claros e critérios de transparência para a prática."
Ele afirma
também que o CFM não possui autoridade legal para impedir que os médicos
aceitem as viagens. Na prática, a indústria assumiu o compromisso de não
patrocinar eventos de lazer - como viagens acompanhadas pela família e
congressos em cruzeiros. Também não distribuirá brindes sem relação com a área
de saúde - como canetas e blocos de anotações - ou mais caros que um terço do
salário mínimo.
D’Ávila
defende que o auxílio das empresas seja voltado principalmente para congressos
em vez de financiar viagens de médicos. "Dessa forma, você não personaliza
o auxílio", defende o presidente do CFM.
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