sexta-feira, 9 de março de 2012

Médicos e farmacêuticas fazem acordo para frear influência



Fonte: O Estado de S. Paulo

Um acordo divulgado ontem pretende disciplinar as relações entre médicos e indústria farmacêutica no País. O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) assinaram um protocolo para diminuir a influência de brindes e viagens na conduta clínica dos profissionais de saúde.

Durante as discussões, o presidente do CFM, Roberto D"Ávila, chegou a defender a total proibição de que as empresas paguem viagens para os médicos. "Não tenho receio de admitir que mudei de opinião", afirma D"Ávila. "Minha posição se identificou com a tendência mundial que não é proibir totalmente, mas buscar limites claros e critérios de transparência para a prática."

Ele afirma também que o CFM não possui autoridade legal para impedir que os médicos aceitem as viagens. Na prática, a indústria assumiu o compromisso de não patrocinar eventos de lazer - como viagens acompanhadas pela família e congressos em cruzeiros. Também não distribuirá brindes sem relação com a área de saúde - como canetas e blocos de anotações - ou mais caros que um terço do salário mínimo.

D’Ávila defende que o auxílio das empresas seja voltado principalmente para congressos em vez de financiar viagens de médicos. "Dessa forma, você não personaliza o auxílio", defende o presidente do CFM.

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