sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Violência psicológica é 2º lugar nas denúncias



28 de outubro de 2011 - MS

“Eu não sei se eu sonho se um dia se vou ter outra pessoa, eu não sei eu tenho meio que uma desconfiança, um medo. Passa na cabeça da gente de repente a gente viver tudo isso que a gente viveu.” Esse é o desabafo de uma mulher traumatizada que era xingada, humilhada e ameaçada pelo homem com quem foi casada durante 11 anos. Marineide Rodrigues da Silva, não podia sair de casa sozinha.


A dor de Marineide, infelizmente, se repete em muitos lares brasileiros. Segundo o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes, o VIVA, a violência psicológica, essa mesma vivida por Marineide, ocupa o segundo lugar no ranking de notificações nos serviços de saúde, com mais de 49% de casos sofridos por mulheres.

Segundo a coordenadora da área técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde, Marta Silva, a mulher não percebe que está com esse problema em casa. ”Violência psicológica pode se manifestar na forma de xingamento, humilhações, desprezar, não olhar para a pessoa ou mesmo no ambiente de trabalho, que é o assédio moral, é uma violência psicológica.”


Segundo a coordenadora, essa violência repetitiva deixa marcas. “Isso ao longo dos anos começa a afetar a própria saúde mental da mulher. Ela pode ficar deprimida, somatizar alguns problemas ter alguns distúrbios físicos e muitas vezes a violência psicológica não vem sozinha com o tempo ela pode vir acompanhada com a violência física.”

Atualmente os profissionais de saúde são obrigados a notificar os casos de violência contra mulher, inclusive a psicológica. A partir dessas denúncias é possível iniciar um trabalho de prevenção.



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