A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, participou de um debate, logo após a abertura da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, que acontece no Forte de Copacabana, até a próxima sexta-feira (21). Segundo a ministra, o Bolsa-Família tem impactos positivos na queda da mortalidade infantil e da desnutrição.
“De barriga vazia, não há saúde”, declarou a ministra. Tereza Campello lembrou que, entre os requisitos para recebimento do Bolsa-Família, estão o cumprimento da agenda de vacinação dos filhos e a realização do pré-natal. A ministra destacou ainda que a universalização do acesso à saúde, à educação e à assistência social são fundamentais para o desenvolvimento econômico brasileiro.
Ao lado de Tereza Campello, a Secretária de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos Kathleen Sebelius, afirmou que, mesmo em crises econômicas, “não podemos nos dar ao luxo de não incluir a saúde entre nossas prioridades”. O diretor do Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel Sidibé, resumiu que o tema desta conferência será a equidade. “Quanto mais eu viajo pelo mundo, mais vejo que temos de ter uma ação equânime em relação à saúde”, disse Sidibé.
Saúde das pessoas – Em seu discurso na abertura, durante a manhã, a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, havia declarado que “os desafios são imensos, mas os governos agora estão colocando a saúde das pessoas à frente da saúde das empresas”.
Já à tarde, a mediadora do debate e jornalista da BBC World, Zeinab Badawi, perguntou a Chan se ela não ficava preocupada com a afirmação que havia feito. A diretora da OMS respondeu que as pressões existem, mas que trabalha com evidências científicas.
Chan lembrou que recentemente cinco grandes indústrias de tabaco ameaçaram cancelar investimentos em países europeus, após o lançamento de uma campanha antitabagismo e que, mesmo assim, os governantes decidiram mantê-la.
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