Na data de hoje, foi realizada uma atividade coletiva com a comunidade de Olho d'água do Padre, com o tema sugerido pela equipe de saúde da ESF IV por ser também o mês mundial de combate a Hanseníase, na qual muitas pessoas não tem conhecimento á respeito de como identificá-la.
A hanseníase
é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leprae (M. Leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de
indivíduos, no entanto poucos adoecem. A doença atinge pele e nervos
periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas.
O alto
potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado ao poder
imunogênico do M. leprae. A hanseníase parece ser uma das mais antigas doenças que
acomete o homem. As referências mais remotas datam de 600 a.C. e procedem da
Ásia, que, juntamente com a África, são consideradas o berço da doença. A
melhoria das condições de vida e o avanço do conhecimento científico
modificaram o quadro da hanseníase, que há mais de 20 anos tem tratamento e
cura. No Brasil, no período de 2007 a 2011, uma média de 37.000 casos novos
foram detectados a cada ano, sendo 7% deles em menores de 15 anos.
Reservatório
O ser humano
é reconhecido como a única fonte de infecção, embora tenham sido identificados
animais naturalmente infectados – o tatu, o macaco mangabei e o chimpanzé. Os
doentes com muitos bacilos (multibacilares-MB) sem tratamento – hanseníase
virchowiana e hanseníase dimorfa – são capazes de eliminar grande quantidade de
bacilos para o meio exterior (carga bacilar de cerca de 10 milhões de bacilos
presentes na mucosa nasal).
Modo de transmissão
A
hanseníase é transmitida principalmente pelas vias respiratórias superiores de
pacientes multibacilares não tratados (virchowiano e dimorfo), sendo, também,
o trato respiratório a mais provável via de entrada do M. leprae no corpo.
Período de incubação
A
hanseníase apresenta longo período de incubação; em média, de 2 a 7 anos. Há
referências com períodos mais curtos, de 7 meses, como também a mais longos, de
10 anos.
Sintomas
A hanseníase acomete primeiro a pele e
os nervos periféricos, e pode atingir também os olhos e os tecidos do interior
do nariz. O primeiro e principal sintoma são o aparecimento de manchas de cor
parda, ou eritematosas, que são pouco visíveis e com limites imprecisos.
Nas áreas afetadas pela hanseníase, o
paciente apresenta perda de sensibilidade térmica, perda de pelos e ausência de
transpiração. Quando lesiona o nervo da região em que se manifestou a doença,
causa dormência e perda de tônus muscular na área.
Podem aparecer caroços e/ou inchaços
nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos; e pode haver
alteração na musculatura esquelética causando deformidades nos membros.
Diagnóstico
O diagnóstico da hanseníase é feito pelo dermatologista, e envolve a avaliação clínica do paciente, com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc. Se o dermatologista desconfiar de alguma mancha ou ferida no corpo do paciente, poderá fazer uma biópsia da área ou pedir um exame laboratorial para medir a quantidade de bacilos.
Tratamento
O Tratamento é gratuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Antibióticos são usados para tratar as infecções, mas o tratamento completo é em longo prazo. Nas formas mais brandas (paucibacilar) demora em torno de seis meses, já nas formas mais graves (multibacilar) o tempo é de um ano ou mais.
Há alguns medicamentos específicos e combinações que são prescritas pelo médico. Alguns não podem ser tomados por grávidas, por isso avise o médico em caso de gravidez.
É fundamental seguir o tratamento, pois é eficaz e permite a cura da doença, caso não seja interrompido. A primeira dose do medicamento já garante que a hanseníase não será transmitida.
Prevenção
A melhor forma de prevenir a doença é mantendo o sistema imunológico eficiente. Ter boa alimentação, praticar atividade física, manter condições aceitáveis de higiene também ajudam a manter a doença longe, pois, caso haja contato com a bactéria, logo o organismo irá combatê-la.
Familiares e pessoas próximas a um doente a procurarem uma Unidade Básica de Saúde para avaliação, quando for diagnosticado um caso de hanseníase na família. Dessa forma, a doença não será transmitida nem pela família nem pelos parentes próximos e amigos.
FONTE: www.portalsaude.saude.gov.br e www.sbd.org.br
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