quarta-feira, 29 de julho de 2015

VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO IMPEDE O ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

                                 Resultado de imagem para idosos e violencia

A porcentagem da população idosa cresceu de aproximadamente 16,5%, de 2000 para 2012, sendo 55,5% do sexo feminino e 44,5% masculino. Também aumentou, em 62%, a população mais idosa (acima de 80 anos). Em 2012, a população brasileira com idade igual ou superior a 60 anos era de mais de 20 milhões de habitantes, representando 10,7% do total de pessoas. Alguns estudos indicam que esse segmento representará 15% da população brasileira em 2020 e que, em 2025, espera-se que o Brasil tenha a sexta maior população de idosos do mundo (cerca de 32 milhões de habitantes).
Nos últimos anos, a expectativa de vida da população brasileira tem aumentado, bem como o crescimento desordenado dos centros urbanos – que reflete diretamente na qualidade de vida das pessoas. Com isso, observa-se que o envelhecimento da população juntamente com desgaste da vida moderna geram vários problemas e conflitos de convivência entre as famílias e pessoas, tanto no espaço público quanto no privado, tomando forma no aparecimento e aumento das violências.
A Organização Mundial de Saúde conceitua a violência como “o uso da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”.
O idoso frequentemente é vítima de violência, o que traz sérias consequências, tais como medo, isolamento social, baixa qualidade de vida, estresse, lesões, traumas e em último grau, a morte. Trata-se de um fenômeno de notificação recente, mas a sua vitimização é um problema cultural de séculos e suas manifestações são facilmente reconhecidas desde as mais antigas estatísticas epidemiológicas. No Brasil, a questão começou a ganhar visibilidade na década de 90, depois que a preocupação com a qualidade de vida dos idosos entrou na agenda da Saúde Pública.
A análise do Sistema de Informações Hospitalares do SUS revela que, em 2013, foram registradas 1.056.867 de internações por causas externas, sendo 51.744 decorrentes de agressões e, destas, 6% em idosos acima de 60 anos (3.159). O Sistema de Informações sobre Mortalidade verificou, em 2013, mais de 151 mil óbitos por causas externas, sendo 17,7% em idosos (26.943), destes, 56.804 por agressões, com 3,7% de idosos mortos por agressões (2.137).
Em 2013, foram notificados 11.378 casos de violência contra idosos no Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA/SINAN), dos quais 5.054 (44%) foram em homens e 6.324 (56%) em mulheres idosas. Deste total, 4.894 foram casos de violência doméstica (onde o agressor tem vínculo afetivo/familiar com a vítima), dos quais 3.225 (66%) foram provocados pelos filhos desses idosos.
                         Resultado de imagem para idosos e violencia
Em idosos do sexo masculino o principal tipo de violência é a negligencia e abandono (49,4%), seguida de violência física (48,9%), já em mulheres idosas o principal tipo é a violência física (52,6%), seguida de violência psicológica e moral (46,4%). Cabe destacar que a violência financeira e econômica tem uma importante participação nesse ciclo de vida, representando mais de 10% dos casos de violência.
Caso perceba a violência contra estes, é preciso que façam a notificação, acionem a rede de atenção à saúde e de proteção para acompanhamento da vítima, além de realizar a comunicação do caso ao Conselho de Direitos da Pessoa Idosa, ao Ministério Público ou à Delegacia do Idoso.
A notificação é o instrumento através do qual é possível conhecer um caso de violência e acionar as medidas de proteção. Além disso, qualquer cidadão ou cidadã pode denunciar a violência contra o idoso no Disque 100. Não deixe de denunciar!
Todos devem estimular e incentivar as famílias e toda sociedade, a denunciarem as suspeitas e as violências a fim de que possamos viabilizar a orientação e o apoio à vigilância e a prevenção de novos atos de violência contra os idosos.


FONTE: http://promocaodasaude.saude.gov.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário