sábado, 13 de abril de 2013

MEMBROS AMPUTADOS E REIMPLANTE - QUANDO É POSSÍVEL, CUIDADOS E PÓS OPERATÓRIO





    Especialistas do departamento de ortopedia e reumatologia do hospital Albert Einstein de São Paulo explicam que a diferença entre reimplante e revascularização é que um é um procedimento cirúrgico de reconstrução de artérias, veias e demais estruturas de um segmento amputado de forma completa, já o outro é a reconstrução vascular e de outras estruturas em amputações incompletas. Ambos restabelecem o fluxo sanguíneo e a função da parte amputada.

Cuidados

    A parte amputada deve ser limpa o mais rapidamente possível. O ideal é lavar a parte amputada com substância antiséptica, protegendo a parte em que há sangramento, seguida de irrigação com uma grande quantidade de soro fisiológico. Nesta fase, o desbridamento, isto é, a remoção do tecido necrosado, não deve ser realizado. Todo tecido deve ser preservado e apenas o cirurgião que irá realizar a reconstrução deverá decidir sobre a ressecção dos tecidos desvitalizados e contaminados. O segmento amputado, após a limpeza, deverá ser envolvido em uma compressa estéril (ou similar), embebida em soro fisiológico, e colocado em um saco plástico estéril (ou similar). O saco plástico contendo o segmento amputado deverá ser colocado em um recipiente capaz de manter baixas temperaturas (geladeira de isopor ou similar) contendo cubos de gelo. O objetivo é manter o segmento amputado em hipotermia (cerca de 4º Celcius), sem contato direto com o gelo, que poderia causar uma queimadura. Hoje evita-se mergulhá-lo em soro fisiológico, que pode causar maceração ou amolecimento da pele. O segmento proximal ou a outra parte da onde se teve a parte amputada, deve ser lavado, o mais precocemente possível, deixando a limpeza da parte necrosada para ser realizada no momento da cirurgia reconstrutiva. Normalmente o sangramento pode ser controlado através de curativos compressivos.

Pós-operatório

    O paciente precisa seguir alguns cuidados no pós-operatório para o sucesso da cirurgia, como, por exemplo, manter o membro elevado até a redução do edema, fazer controle da perfusão sanguínea (circulação do sangue), antibioticoterapia e reabilitação por profissional especializado. "É muito importante manter o paciente com a circulação sanguínea estável, pois a baixa pressão arterial é uma causa importante de trombose", explica o médico.

    As principais complicações que podem ocorrer em casos de reimplantes são tromboses, sagramentos, infecções e necroses (óssea, muscular, cutânea).

   "A reabilitação deve ser orientada pelo cirurgião e realizada por profissional especializado. Deve ser baseada na evolução clínica e nas condições anatômicas das diversas estruturas. A movimentação deve ser iniciada o quanto antes, evitando agredir vasos, artérias, tendões, músculos e ossos. A reabilitação precoce previne a rigidez e as aderências", finaliza Mattar.

Fonte: Revista Saúde

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