Um tratamento para problemas nos ossos, músculos e articulações que promete a cura de males como hérnias e dores nas costas sem remédio nem cirurgia. Parece mentira, mas existe. Trata-se da osteopatia, técnica criada no século 19 nos EUA pelo cirurgião Andrew Taylor Still. Insatisfeito com os métodos disponíveis na época para tratar os feridos na Guerra de Secessão americana, o médico passou a estudar anatomia e fisiologia em cadáveres para tentar entender melhor o funcionamento do corpo humano.
A partir dos resultados dessas pesquisas, o cirurgião desenvolveu o tratamento que consiste, basicamente, na estimulação manual dos tecidos (articulações, músculos, tendões, fáscias, ligamentos, cápsulas, vísceras, tecido nervoso, vascular e linfático), com técnicas específicas, que incluem massagens e outros exercícios. Still acreditava que essas intervenções poderiam aumentar a capacidade de recuperação do organismo de forma natural. Segundo Juliano Wada, fisioterapeuta especializado em osteopatia e acupuntura, o principal diferencial da osteopatia é atuar nas disfunções e não apenas nos sintomas das doenças. "As disfunções são o desequilíbrio ou o não funcionamento adequado de determinada estrutura ou sistema, o que normalmente desencadeia os sintomas. Não se trata de atuar apenas na melhora dos sintomas e sim atenuá-los a partir do tratamento de sua causa", explica ele. A técnica é indicada para problemas no sistema músculo-esquelético que causem dores (cervicalgias, lombalgias, dores no ombro, joelho, tornozelo, cabeça, hérnias de disco e ciáticas), alterações de sensibilidade (formigamentos, diminuição ou aumento da sensibilidade) e limitações articulares (perda do movimento) . "O principal diferencial é a utilização somente do tratamento manual, com extrema eficácia e sem a utilização de medicamentos e de processos cirúrgicos", avalia o especialista. Apesar de ser considerada uma prática da medicina alternativa, a osteopatia é reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) e só pode ser exercida por fisioterapeutas formados e com cinco anos de pós-graduação específica na técnica. "Ela está baseada na anatomia, na fisiologia e semiologia, e não deve ser considerada esotérica", frisa Wada. "A sua validade é bastante concreta tanto que a Organização Mundial de Saúde (OMS) a recomenda", conta ainda o fisioterapeuta. O tratamento começa com uma avaliação minuciosa do paciente, que consiste em diversas perguntas sobre o histórico de disfunções e doenças, cirurgias, sinais e sintomas, e as relações entre eles. "Depois realizamos a inspeção e a palpação com diagnóstico clínico (testes) e só então iniciamos o tratamento com técnicas específicas para cada paciente. Portanto, as técnicas selecionadas e a evolução é totalmente individual entre os pacientes com a mesma queixa", relata o especialista. No início, o paciente passa pela intervenção uma vez a cada intervalo de 7 ou 15 dias. Com a melhora do quadro clínico, o tempo entre as sessões pode ficar mais espaçado. O tratamento não possui contraindicações. "Podemos abordar crianças, bebês, idosos e gestantes, com um prognóstico positivo e rápido", finaliza Wada. |
Fonte: Uol
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sexta-feira, 8 de março de 2013
OSTEOPATIA PROMETE TRATAR HÉRNIAS DISCAIS E DORES NAS COSTAS SEM REMÉDIO NEM CIRURGIA
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