sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Muito choro aí? Entenda essa linguagem do bebê


Você já conferiu, não é fralda. Já amamentou, não é fome. Ele já descansou, não deve ser sono. Então, por que o bebê continua chorando? Essa é uma questão que deixa qualquer mãe agoniada. O choro nos aflige porque dá a impressão de que o bebê está sofrendo e tudo que não desejamos aos nossos filhos é sofrimento. No entanto, segundo a pesquisadora P.h.D Aletha J. Solter, autora do livro Tears and Tantruns (em tradução livreLágrimas e Birras), ainda sem edição em português, nem todo choro está associado ao sofrimento. O choro pode ser apenas uma manifestação do bebê em relação às novas experiências que está vivendo, como tentar alcançar um objeto e não conseguir. Quando maiores, conseguem se comunicar pelas linguagens verbal e corporal, mas, no bebê, o choro é sua única linguagem e ele a usa para tudo. 

Possíveis causas do choro 
Descartadas as óbvias (fralda suja, sono, fome) vêm as razões emocionais, o choro é mecanismo de liberação natural de estresse. Sim, criança tem estresse, uma consequência de qualquer desregulação, como desafios que enfrentam no crescimento, vontade de fazer algo e ainda não conseguir, frustações que vivenciam (como querer falar e não ser entendido ou tentar andar e logo cair), mudanças em seu corpo ou ao seu redor e tudo mais que ainda não compreendem. Assim, é sempre bom manter um ambiente de tranquilidade para o bebê, sem excesso de estímulos, evitando que se ele estresse ainda mais por agitação externa. Liberar o estresse é ótimo para eles, mesmo por meio do choro, por isso não é raro que fiquem mais calmos quando terminam de chorar o que precisavam. 

Como acolher o choro 
Quando seu bebê chorar, não o deixe sozinho no berço. Isso pode fazer com que se sinta abandonado e ainda mais assustado. Um choro jamais deve ser ignorado. Ele está falando com você, então, responda. Mantenha o máximo de contato visual possível, respire fundo e relaxe. O melhor a fazer é abraçá-lo, pegá-lo no colo, conversar com ele, acolher ao máximo. Assim, você transmite segurança e um recado de que "está tudo bem" ao seu filho. 

Procure deixar claro que ele pode chorar, em vez de ficar repetindo "não chore, não quero choro", o que soa como uma repressão e pode gerar ainda mais estresse ao pequeno. Muitas mães, na tentativa de acalmar, chacoalham o bebê, distraem desesperadamente com objetos ou logo apelam para a chupeta. O problema desses métodos e que, se o bebê não liberou o mínimo que precisava de estresse, mais tarde o choro pode voltar ainda mais intenso. A mãe precisa ter paciência e serenidade para deixar seu filho chorar em seu colo, entendendo que ele não está sofrendo, apenas liberando emoções. Não é fácil, mas com tempo e muita calma, vamos aprendendo a entender a linguagem dos pequeninos.

Fonte: Veja Abril

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