sexta-feira, 1 de junho de 2012

Asma: o ideal é que se trate entre as crises



         Carpetes, cortinas, casa pouco iluminada. Um verdadeiro paraíso para os ácaros e um drama para crianças e adultos com asma – doença inflamatória crônica, que causa falta de ar, chiado no peito e cansaço. Durante uma crise de asma, a pessoa sofre com uma falta de ar tão angustiante que leva ao desespero. A doença não tem cura, mas há tratamento para controlá-la. Existem dois tipos da doença: a alérgica e a não alérgica, ou seja, a pessoa pode desencadear a asma somente em situações específicas, como na gripe.
          O tratamento da asma é feito com remédios antiinflamatórios e com broncodilatadores inalatórios, as populares bombinhas. “O mais importante é não deixar o paciente entrar em crise. Recebo muitos pacientes que nunca se trataram e só se tratam nas crises. Asma não se trata nas crises e, sim, entre as crises, para que o paciente não chegue a ela. Porque, à medida que ele não trata, a doença piora. Então, a medicação que estamos usando atualmente é a de longa duração: os broncodilatadores, os corticóides de longa duração, que têm uma rápida ação de 15 a 20 minutos e durabilidade de três a quatro horas”, ressalta Silvana.
         A pneumologista Silvana Elena Romano indica que os pacientes com asma realizem atividades físicas. “O paciente asmático deve fazer exercício físico quando a doença está controlada. Qualquer exercício para asmático é bom. É mito dizer que natação é a única mais indicada. Tem pessoas que detestam água. Por isso, tem que fazer o que gosta e que se sinta bem: caminhada, bicicleta, natação, alongamento e pilates, por exemplo”, diz. Ela destaca, ainda, que pode acontecer de a asma se originar durante a atividade física, e que a orientação é o uso do broncodilatador antes do exercício.
          A fisioterapeuta Taynara de Almeida sofre de asma desde criança. Ela diz que a maior dificuldade que encontra por causa da doença é justamente na realização de atividades físicas. Ela destaca que encontrou na fisioterapia a melhora do seu condicionamento físico. “Eu não tenho um condicionamento tão bom quanto uma pessoa que não tem asma. Eu não consigo correr, por exemplo, percursos longos, pois já me cansa, principalmente na época do frio, da seca. E aí a fisioterapia me ajudou a aumentar o condicionamento físico cardiopulmonar, porque trabalho meus batimentos cardíacos e com isso consigo ter um condicionamento maior”, explica.
Por: Mônica Plaza / Blog da Saúde

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