segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

SOL E CÂNCER DE PELE




Verão, praia, sol e pele bronzeada. Eis uma combinação irresistível para as férias. Irresistível para você e para sua pele, que nesse período do ano costuma ficar exposta ao sol por muito mais tempo que o habitual, principalmente se você é daquelas pessoas que aproveitam o calor para ficar com a cor do verão. O maior problema, nesse caso, é que esse padrão de beleza pode levar a uma exposição excessiva e inadequada à radiação solar, que pode trazer sérios danos à pele, o mais grave deles, o câncer de pele.
Segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pele é o de maior incidência no Brasil e está diretamente relacionado à exposição ao sol. Somente no ano passado, cerca de 55 mil brasileiros foram acometidos pelo mal. Além do fato de que o brasileiro não foi educado para se proteger da luz solar, existe o agravante de que os raios solares estão sendo emitidos cada vez com mais intensidade, devido à destruição da camada de ozônio.
Outro dado importante quando o assunto é câncer de pele é que não são apenas os idosos suas vítimas - ao contrário do que muita gente pensa, já que o efeito do excesso de exposição à radiação é cumulativo. Cada vez mais, jovens de ambos os sexos estão sendo acometidos pela doença, devido ao excesso de exposição ao sol e a hábitos que não incluem a proteção.
Embora as chances de cura do câncer de pele sejam altas, existe um tipo que causa preocupação entre os médicos. O melanoma, tipo mais raro, não tem cura se não for descoberto precocemente. Segundo André Murad, coordenador do Serviço de Oncologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia, a radiação interfere no DNA das células, provocando uma multiplicação desordenada das mesmas. O efeito da radiação é extremamente nocivo e, por isso, a proteção deve ser feita durante toda a vida, desde a infância. "Quantidade de sol, tempo e horário de exposição vão influenciar diretamente no desenvolvimento da doença", explica.
Se você é uma dessas pessoas que preferem privilegiar padrões estéticos em detrimento da saúde do corpo, é fundamental tomar alguns cuidados para proteger a pele antes de se expor. Primeiramente, evite tomar sol entre 10h e 16h (no horário de verão), pois é nesse período que a incidência de raios UVB é maior. Os raios UVB compõem a radiação ultravioleta e predispõem a pele ao aparecimento do tumor.
Usar chapéus, bonés e camisetas é uma boa maneira de se proteger, mas um outro item que não pode faltar na sacola é o filtro solar. A dúvida é saber qual fator é o mais adequado para sua pele. A dermatologista do Hospital Universitário Heloísa Vilhena esclarece que, para pessoas com a pele morena, o fator 15 é suficiente; já aquelas com pele e olhos claros, cabelo loiro ou sardas no rosto, o fator indicado deve estar entre 20 e 30. O mais correto mesmo é consultar um dermatologista para saber qual é o fator ideal para cada um, explica. A freqüência da aplicação deve ser constante, não adianta nada usar o filtro solar apenas uma vez. O uso deve ser repetido a cada quatro horas ou, no caso de uma exposição solar muito intensa, a cada duas horas, recomenda. A reaplicação também deve ser feita depois de entrar na água.

         

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