28/10/2011 - Adital
Durante a primeira Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde, que foi realizada de 19 a 21, no Rio de Janeiro (Brasil), adolescentes e jovens compartilharam o compromisso de trabalhar sobre estes determinantes para beneficiar a comunidades vulneráveis em seus países. Este encontro de jovens, organizado por Visão Mundial e pela Organização Panamericana da Saúde (OPAS), se realizou em 18 de outubro, com o nome Mobilizando e criando consciência entre os adolescentes e jovens sobre os determinantes sociais da saúde como uma forma de implementar mudanças.
"Queremos reiterar que somos um grupo pouco representado, que se bem estamos conscientes de ser responsáveis de nossa saúde e queremos participar nas decisões que nos concernem, representamos também uma grande força social que queremos que seja levada em conta para reduzir as desigualdades em nossa região. (...) Oferecemos nosso compromisso e pedimos para ser incluídos nas estratégias de informação e formação sobre os Determinantes Sociais da Saúde (...)”, assinala o pronunciamento dos jovens.
De acordo com o comunicado da Visão Mundial, os determinantes sociais da saúde são as circunstâncias em que a população se desenvolve incluída no sistema de saúde. Estes determinantes, ao mesmo tempo, são resultados da distribuição "do dinheiro, do poder e dos recursos em nível mundial, nacional e local, o qual depende por sua vez das políticas adotadas”. O comunicado aponta também as questões sanitárias que encontram grandes diferenças entre os países.
A Conferência abordou temas que fazem parte da agenda da Campanha Global da Visão Mundial: Saúde Infantil Primeiro. Alguns dos jovens convidados para o encontro, inclusive, são membros da campanha. Este trabalho tem como propósito contribuir para a redução das mortalidades infantil e materna até 2015. Para isso, impulsiona o desenvolvimento de ações que assegurem a prioridade para os setores mais vulneráveis, o aumento do investimento e o desenvolvimento de programas com crianças menores de cinco anos, assim como com jovens mulheres.
Saúde e infância na América Latina
"Atualmente, existe uma brecha de quase 20 anos na esperança da vida entre os países da América Latina e Caribe”, assinala o comunicado de Visão Mundial. O relato aponta grandes desigualdades em relação aos indicadores da infância. Na Bolívia, por exemplo, a mortalidade infantil é de 50 para cada mil nascidos vivos. Mas ao norte de Potosí, concretamente este número alcança 170 crianças para mil nascidos. Em mudança nos países da Europa, a taxa cai para apenas 5 crianças por mil nascidos vivos. "Não tem nenhuma razão biológica ou genética nestas diferenças alarmantes na oportunidade de vida e saúde”, critica Visão Mundial.
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