30/01/2012
- Agência AFP
Os movimentos
sociais convocaram na cidade de Porto Alegre os cidadãos a "tomarem as
ruas no dia 5 de junho", em um protesto global contra o capitalismo e em
defesa da justiça social e ambiental. Também lançaram a "Cúpula dos
Povos", que reunirá as organizações sociais paralelamente à reunião da ONU
no Rio de Janeiro, e pediram uma verdadeira pressão cidadã para que o evento
mundial não termine com uma mera "ecologização do capitalismo".
A Rio+20, a
quarta grande cúpula do desenvolvimento sustentável da história desde 1972,
deve reunir em junho presidentes de todo o mundo, convocados a se comprometer
com uma "economia verde" e social. Mas os movimentos sociais
consideram que a proposta é "insuficiente" e criticam duramente o
conceito de "economia verde".
"O que
precisamos é de uma verdadeira mudança no sistema, não de uma solução que
chamam de economia verde, que é levar os mercados financeiros à natureza",
disse à AFP Nicola Bullard, da organização Focus on the Global South, na Ásia.
Em um discurso
diante de 4 mil ativistas no Fórum Social na quinta-feira, a presidente Dilma
Rousseff convocou a Rio+20, que será presidida por ela em junho, a lançar
"um modelo de desenvolvimento que articule crescimento e geração de
emprego, combate à pobreza e redução das desigualdades, uso sustentável e preservação
dos recursos naturais".
O Fórum surgiu há 12 anos
do mesmo empenho de enfrentar as elites de governos e do capital, que
anualmente se reúnem nas mesmas datas no Fórum Econômico Mundial de Davos
(Suíça).
"Se o sistema não for
capaz de redistribuir e enfrentar a desigualdade, nós mesmos teremos que
fazer", disse em Porto Alegre Sam Halvorsen, que participou do Ocupe
Londres na Praça St. Paul.

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