As próteses dentárias foram concebidas para restabelecer tanto a
estética quanto a função dos dentes perdidos, mas, qualquer pessoa que precise
ser reabilitada com uma prótese dentária deve estar consciente que, por mais
natural e perfeita que ela pareça, ela não é igual a uma dentição natural, e,
por isso, precisa de cuidados adicionais. O cuidado com a limpeza deve ser
redobrado, pois assim, você estará ajudando a prolongar a longevidade da sua
prótese e garantindo o sucesso do seu tratamento.
As dentaduras devem ser higienizadas mecanicamente com escova e
com creme dental ou sabão e água fria, sempre após as refeições. Recomenda-se,
antes de iniciar a higiene, colocar uma toalha dentro da pia, pois, em caso de
queda, a prótese não se quebrará. Existe um tipo de escova dental projetada
para dentaduras, cuja característica é a presença de dois comprimentos de
cerdas – curtas para higienizar a parte externa e os dentes da prótese, e
longas para higienizar a parte interna da dentadura, que é de acesso difícil
para a escova comum. Essa escova não é encontrada com a mesma facilidade como a
escova comum, mas pode ser substituída por uma escova macia.
Atualmente,
os fabricantes de escovas dentais já apresentam uma linha de produtos
efervescentes para higienização química das próteses, contribuindo para
diminuir a dificuldade encontrada pelos idosos ou portadores de problemas de
coordenação motora. É importante ressaltar que o uso de produtos efervescentes
ou solução de água e bicarbonato de sódio (imersão durante a noite) não
substitui a higienização com escova e pasta.
Nunca devemos fazer uso de produtos caseiros como água sanitária ou pós de limpeza (tipo Sapólio), uma vez que descolorem e arranham o acrílico. Também não se deve usar água quente, pois, como a dentadura é feita de acrílico (um tipo de plástico), o calor pode deformar a prótese, o que inviabilizaria seu uso.
Uma outra dúvida que existe é se a prótese deve ou não ser retirada para dormir. Muitos autores recomendam a remoção das próteses durante a noite, para que os tecidos não fiquem sob ação das próteses e dos possíveis microorganismos a elas associados, a maioria dos pacientes não aceita essa conduta, pois se sentem constrangidos psicologicamente em tê-las em um copo. Outro motivo para não dormir com as dentaduras seria a diminuição da sua estabilidade e retenção, pois a tendência do paciente é “segurá-las” pela ação muscular ou apertando os dentes durante toda a noite, o que poderia ocasionar dor devido à parafunção. Portanto, é recomendável dormir sem a dentadura.
Por melhores
que sejam, as próteses totais devem ser substituídas no máximo a cada cinco
anos, pois após este prazo, tanto sua estética quanto sua funcionalidade
poderão estar comprometidas., mesmo que tenham sido cuidadas e higienizadas
rigorosamente. Durante esse tempo, deve ter havido controles periódicos com o
dentista para se checar tecidos moles, adaptação, oclusão, e higiene de
cavidade oral estão corretos. Pacientes que tiveram tártaro nos dentes naturais
provavelmente terão nas dentaduras artificiais. Não é difícil evitar que ele se
forme se for feita uma higienização correta, pois caso contrário, a mucosa oral
poderá ficar inflamada e a prótese ter odor desagradável.
Por Dra. Giselda Rolim
Por Dra. Giselda Rolim

Nenhum comentário:
Postar um comentário