segunda-feira, 19 de dezembro de 2011


Reflexões sobre qualidade de vida (Bruno Peron Loureiro)




14/12/2011 - EcoDebate


Este tema deve-se ao sentido controverso do conceito com os avanços técnicos, que trazem muitas vezes novos desafios e denigrem a “qualidade de vida”. O automóvel passa de ser facilitador dos transportes para tornar-se agente de contaminação atmosférica, problemas respiratórios e estresse.

Os conceitos de “qualidade de vida” costumam abranger aspectos biológicos (bem-estar, condicionamento físico, propensão a doenças), culturais (hábitos de infância, convívios sociais, vicissitudes, meios de formação e informação), e econômicos (renda, capacidade de consumo).

O Brasil assiste a um momento contraditório de seu desenvolvimento, haja visto que a pujança de sua economia não se tem convertido em rendas bem distribuídas devido ao modelo de exploração de mão-de-obra e recursos naturais. Há um encanto injustificado por atores que não pensam no cívico e o público, como as empresas transnacionais.

Como conciliar a “qualidade de vida” dos brasileiros com a remessa exportadora de nossos melhores alimentos e insumos industriais, enquanto a miséria e o descaso ainda assombram as favelas e nos encarecem os recursos que testificariam – em vez de desmentir – nosso lugar como “país emergente”?

A cooperação internacional – em vez da subserviência – tem sido a opção de ministros e chefes de Estado para melhorar a “qualidade devida” ao combater a fome, a guerra e a pobreza. É inconcebível que se tenha tantas opções de consumo nas regiões mais avançadas tecnicamente enquanto noutras é preciso caminhar quilômetros com baldes de água na cabeça para saciar a sede da família.

Quem delibera sobre sua “qualidade de vida”: você ou o acaso?

Nenhum comentário:

Postar um comentário